segunda-feira, 10 de março de 2014

Dentro do Titanic

Piscina, ginásio, banhos turcos,
elevadores, quartos com mobílias de
madeiras preciosas, janelas
panorâmicas com vista para o mar:
os passageiros da primeira classe do
Titanic faziam uma viagem de sonho
num autêntico hotel de cinco
estrelas.
O grito de vitória lançado da proa do
Titanic por Leonardo DiCaprio na
pele de Jack - " I'm the king of the
world!"(«Sou o rei do mundo!») -
podia ter sido dito por qualquer um  dos
participantes da viagem inaugural
do transatlântico que largou de
Southampton, no Sul de Inglaterra,
ao meio-dia de 10 de abril de 1912.
Sobretudo se viajasse em primeira
classe. Além das dimensões
gigantescas , o maior
navio até então construído era um
autêntico paraíso de luxo flutuante,
numa viagem de prazer e ostentação
destinada a realizar o maior sonho
das suas vidas e, com condições de
segurança tão avançadas que faziam
do Titanic um navio "inafundável".
Tudo isso, claro, desde que
pudessem pagar um bilhete de
primeira classe, cujo os  preços
oscilavam entre 23 libras (hoje
seriam cerca de 2020 euros) e 870
libras (76 500 euros, a preços atuais)
os valores variavam muito em
função da localização, tamanho e
caraterísticas dos camarotes.
O Titanic alardeava opulência nos
mais pequenos pormenores, desde a
tecnologia de ponta da construção
até à decoração, passando pelos
equipamentos ao dispor dos
passageiros. Havia instalação
telefónica e rádio  de grande
potência para as comunicações, duas
bibliotecas com serviço de
empréstimo, dois cabeleireiros e
barbearia. A primeira classe deste "5 estrelas " tinha até um ginásio com
aparelhos e bicicleta fixa, squash ,
piscina, banhos turcos, jardim de
inverno, um café-varanda no convés de passeio coberto
superior ,e um magnífico Café
parisiense, com uma bela vista para o mar, onde era
possível tomar refeições, além do
restaurante à la carte e da sala de
jantar , tudo decorado com madeiras
preciosas e mobiliário de vários
estilos do século XVII até o início do
século XIX.
Enquanto as senhoras preferiam
reunir-se para conversar no louge  da
primeira classe, entre móveis,
estofados de veludos e tapetes luxuosos, os
homens passavam mais tempo nas
salas de fumantes, apaineladas com
madeiras exóticas.
Até a sala comum da terceira classe
era decorada com esmero, forrada a
pinho e com móveis de teca. Uma
das inovações do Titanic eram os
camarotes de terceira classe (a qual era belíssima em comparação com a terceira classe de outros navios da época ), com
dois ou quatro beliches, instalados
nas zonas da proa e da popa, em
vez das tradicionais camaratas que
os outros transatlânticos reservavam
aos passageiros menos abonados ,
como os portugueses que
embarcaram no Titanic que faziam
parte da clientela emigrante que a
companhia White Star Line pretendia
atrair, um nicho de negócio muito
lucrativo na época.
AS SUÍTES DOS MILIONÁRIOS
O suprassumo do luxo eram as
chamadas "suites dos milionários",
as instalações mais caras do navio.
Os requisitos da "lista de
alojamentos" ocupavam 120 das 300
páginas do caderno de encargos do
Titanic entregue pela White Star aos
estaleiros Harland & Wolff, em
Belfast, na Irlanda do Norte, onde o
navio foi construído. Aí estavam
descritas as três  suites luxuosas do DECK B .
As quais  tinham, além dos quartos,
uma área de passeio privativa ao
longo dos 15 metros de comprimento
das suites, com janelas viradas para o
mar. O preço incluía um camarote
interior, para a criadagem, dois
quartos e um salão, um troucador e
duas salas de vestir entre os
quartos. O salão ficava num dos
extremos, junto à entrada da
primeira classe. Havia ainda um
aquecedor elétrico e o chão era
alcatifado em moqueta azul.
A decoração e o estilo
das mobílias podiam variar, por
indicação da White Star. Além da
casa de banho ,com banheira,
duche, lavatório, sanitario com tampa
revestida. O chão da
casa de banho, e do corredor
de comunicação entre ambas as
instalações sanitárias era de linóleo
em xadrez.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

100 anos do lançamento do HMHS/RMS Britannic


Hoje nós comemoramos os 100 anos do lançamento do HMHS/RMS Britannic em 1914 pela Harland and Wolff em Belfast.


                                                    Casco do Britannic concluido

Bom dia á todos.
HMHS Britannic foi um transatlântico inglês que serviu como navio-hospital durante a Primeira Guerra Mundial. Navegando ao largo da Grécia em 1916, colidiu com uma mina marítima, naufragando em cinquenta e cinco minutos.
O Britannic foi o terceiro e maior navio da Classe Olympic, o trio de navios da companhia White Star Line que compreendia o RMS Titanic e o RMS Olympic, construídos no estaleiro Harland and Wolff. O navio tinha as dimensões de 269 metros de comprimento, 28 metros de largura e 56 metros de altura. Tinha capacidade para 790 pessoas em primeira classe; 836 pessoas em segunda classe; 953 pessoas em terceira classe; e 950 pessoas de tripulação. Na sua capacidade total conseguia acomodar 3 529 pessoas. A sua velocidade máxima era de cerca de 22 nós. Pesava cerca de 50 mil toneladas.

                  Outra imagem do casco do Britannic ainda na fase inicial de construção 

No início de 1900 duas grandes companhias inglesas disputavam palmo a palmo a supremacia no Atlântico Norte no transporte de passageiros, a Cunard e a White Star Line. A White Star Line viu a sua rival transpor o Atlântico com imensos e colossos navios que eram o RMS Mauretania e RMS Lusitania até que em 1909, quando teve início nos estaleiros da Harland & Wolff, em Belfast, a construção de um trio de gigantes. Os denominados Classe Olympic, que era composta pelo RMS Olympic e RMS Titanic seriam os maiores objetos móveis já construídos pelo homem. Os dois primeiros foram construídos em paralelo e o HMHS Britannic, somente em 1914. O Olympic, primeiro a ficar pronto (1911), seguido pelo Titanic (1912), logo após foi concluída a construção do Britannic (1914).

                                  Lançamento ao mar do casco do Britannic  

Britannic foi construído em 1914. Os três navios da sua classe eram bastante semelhantes, principalmente no tamanho, distribuição e vista exterior. A maior diferença residia no peso. Os dois irmãos mais velhos (Olympic e Titanic), tinham cerca de 45 mil toneladas enquanto que o Britannic, devido às modificações que lhe foram efetuadas, de modo a que pudesse melhor resistir a embates (como, por exemplo, o casco duplo) e ao aumento do número de botes, entre outras causas, pesava quase 50 mil toleladas.

 Cartaz da White Star line de como seria o visual do RMS Britannic 

O Gigantic (segundo algumas fontes, pensa-se que seria o nome inicial do navio) começou a ser construído em 30 de Novembro de 1911, na mesma plataforma que o Olympic foi feito.
A quilha do Britannic foi construída antes da viagem inaugural do Titanic, mas a construção foi paralisada depois que o Titanic afundou. Antes da retomada da construção, vários mudanças foram feitas ao Britannic, inclusive um casco duplo e anteparas à prova de água que alcançavam até o deck "B". Ele seria chamado de RMS Gigantic, mas foi mudado para HMHS Britannic logo após a catástrofe do RMS Titanic. Quando o trabalho foi reiniciado muitas mudanças estavam incorporadas nos planos finais.

Foto Tirada após a equipagem do RMS Britannic 

Estas incluíam:
  • Casco duplo, o que aumentou a largura do navio em dois pés (60 cm);
  • Fundo duplo, o fundo tinha normalmente cinco pés (1,5m) mas foi aumentado a seis pés (1,80 m);
  • O espaço entre o fundo interno e externo foi separado em compartimentos através de seis enormes vigas de aço longitudinais a fim de minimizar a ruptura do navio em caso de inundação. Essa medida prova que a hipótese de que o Titanic tenha se rompido enquanto afundava era real, não que ele afundou inteiro como os inquéritos americano e inglês apuraram;
  • As anteparas à prova de água foram estendidas do fundo até o deck "E" na parte dianteira do navio e até o deck "D" na parte de trás. Cinco dessas anteparas estenderam-se até o deck "B" e outras onze até o deck "E". Já não parecia mais importar para a companhia se as anteparas e as pesadas portas à prova de água se infiltrassem nos compartimentos da primeira classe;
  • Quatro filas de rebites, foram postas nas chapas, onde tensão seria maior;
  • Turcos de tamanho gigantes para os barcos salva-vidas;


               Foto do HMHS Britannic como navio hospital durante a 1ª Guerra Mundial 

Estas modificações fizeram com que o Britannic superasse a tonelagem bruta dos outros dois navios, com cerca de 49.765 toneladas. Como navio-hospital ele era aproximadamente 5% maior e provavelmente teria alcançado as 50.000 toneladas (aproximadamente 10% maior) quando convertido em transatlântico comercial. A White Star Line ficou obcecada com a segurança de seus navios depois do desastre do RMS Titanic.

Britannic foi lançado em 26 de Fevereiro de 1914 e estava previsto começar a sua rota regular entre Nova Iorque e Southampton na primavera de 1915. Entretanto, com o início da Primeira Guerra Mundial, em 13 de novembro de 1915 ele foi requisitado pela Força Armada Inglesa, equipado para ser um navio hospital. Atracou em Liverpool no dia 12 de dezembro de 1915 debaixo de uma pesada escolta armada. Foi equipado para a função de navio hospital com 2.034 cabines e 1.035 camas para vítimas. Nele embarcou cerca de 52 médicos oficiais, 101 enfermeiras, 336 soldados, e uma tripulação de 675 homens e mulheres. O navio estava sob o comando do Capitão Charles A. Barrett. Barrett iniciou sua carreira na White Star Line em 1874 ocupando várias posições em navios de transporte como o Celtic, Teutonic, Oceanic e Georgic. Em 1903 ganhou o certificado de Mestres e com isso comandou transportes como o Germanic, Cedric, e o Republic. Era muito querido pelos seus passageiros, mas não pela diretoria da White Star Line, devido a sua excessiva preocupação com a segurança e não com a velocidade.

Britannic foi comissionado como HMHS "His Majesty's Hospital Ship" (Navio Hospital da Vossa Majestade), em 12 de dezembro de 1915 em Liverpool passando em seguida para a sua primeira viagem em 23 de dezembro de 1915, com destino a Moudros. Ele foi juntar-se ao RMS MauretaniaRMS Aquitania, e seu irmão, o RMS Olympic. Juntos os cinco navios eram capazes de levar 17.000 doentes e feridos ou 33.000 soldados.




Pintura do momento em que o HMHS Britannic afundando

Em 21 de Novembro de 1916, o Britannic saiu do porto de Nápoles em direção a Moudros. Perto das 08:00 da manhã quando passava pelo Canal de Kea no mar Egeu, houve uma enorme explosão na parte inferior do navio causada por uma mina posta lá duas semanas antes por um submarino alemão (U73). Este navio, sendo em tudo melhorado em relação ao Titanic, tinha estruturas mais fortes e eficientes que suportavam ter 6 de quaisquer porões inundados. Pensa-se que a mina tenha feito estragos em apenas dois porões mas, mais por mau funcionamento das comportas à prova de água, e por erros humanos como deixar as janelas inferiores abertas, devido ao forte calor (situação explicitamente proibida), o imenso navio afundou-se em cerca de 55 minutos (O Titanic levou 2 horas e 20 minutos). O Capitão experimentou encalhar o Britannic na Ilha de Kea, mas não teve sucesso. O maior transatlântico da Inglaterra, com apenas 351 dias de vida, naufragou em bem nenos tempo que se imaginava.

Com botes salva-vidas suficientes para cerca de 3000 passageiros, os 1066 presentes fizeram uma evacuação rápida. Houve apenas dois incidentes de lançamento dos botes: Dois botes que foram lançados com os motores do navio ainda em funcionamento, foram sugados pelas hélices do navio, o que resultou em sua destruição e na morte das pessoas que estavam a bordo deles.
A útlima pessoa a sair do navio foi o Capitão Bartlett que no último momento quando a água já estava na ponte do navio, e nadou até alcançar um bote onde pôde ver o restante do navio a afundar-se.
Ao todo 1 036 pessoas foram salvas e 30 perderam a vida.

                                           Fotos dos destroços do HMHS Britannic :



Muito obrigado á todos.

Rafael Costa

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

História da Organização Brasileira do Titanic - OBT

História da Organização Brasileira do Titanic - OBT

Bom dia á todos meu nome é Rafael e sou o fundador da OBT e hoje vou contar á vocês nossa história, tudo começou em Abril de 2012 no aniverssário de 100 anos da fatitica viagem inaugural do RMS Titanic, eu estava em um blog sobre o Titanic ( Titanic em foco) que por sinal é um dos melhores sobre o assunto, eu tinha minha conta no facebook e eu havia curtido algumas pagina sobre o navio e alguns grupos ou seja se eles podiam por que eu também não, foi ai que eu tive a idéia de ter minha própria pagina
sobre o titanic mais não consegui por em pratica por uma série de fatores, então eu "arquivei" a idéia em Agosto de 2013 surgiu a necessidade de eu embarcar de vez só que como tudo no começo é muito dificil eu tive uma conversa com um integrante da pagina Titanic Histórias e ele me incentivou a criar o que hoje é a OBT só que eu estava sozinho pra fazer tudo foi então que eu resolvi montar uma equipe para me ajudar nessa empreitada, então eu criei a OBT em 09 de Agosto e junto com ela fiz amigos e convidei
eles a se unirem a mim são eles Breno, Guilherme, Nathan, Anderson, e o ex-integrante Gabriel Sena depois de muitas idas e vindas brigas e discuções eu perdi amizade do Gabriel Sena e o mesmo saiu da OBT, e logo vieram novos integrantes o Daniel e a Taty Nader que hoje trabalham para que a OBT seja uma das maiores paginas do facebook, depois de 4 meses á frente da OBT em Dezembro por uma série de problemas eu deixei a OBT no dia 05 no meu lugar o Anderson assumiu a chefia da pagina que durou até o dia 15 de Dezembro nesse meio tempo por uma série de problemas fui obrigado a voltar e ajudar meu amigo, fizemos muitas parcerias com outras paginas e grupos do face sobre o assunto ainda nesse periodo começou a fase de expanção da OBT ainda no facebook inauguramos um grupo e para fora do facebook também inaugurmos o Blog, em 2014 iremos trazer muito mais conteudo e diversão para nossos fãs, amigos e parceiros. Hoje atuamos em 3 frentes na nossa pagina no facebook Organização Brasileira do Titanic - OBT, no grupo Organização Brasileira do Titanic (grupo oficial) e em nosso blog http://organizacaobrasileiradotitanic.blogspot.com.br/ e também por email organizaçaobrasileiradotitanic@outlook.com.


Obrigado á todos

Rafael Costa